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Esportes

Sobre o futsal e o futebol

A “garotada” talentosa da capital: 

o olhar da juventude do DF com um sonho

Jovens atletas de Brasília compartilham sua experiência e sonhos com o futebol de quadra e de campo

Por Rivan Junior, Yanka Tavares, Mariana Mendes, Gabriel Marques, Gustavo Gomes, Guilherme Abarno e Pedro Vinícius Lima

A prática esportiva é uma atividade que pode despertar grandes emoções, seja se exercitando ou torcendo por determinado esporte. No Brasil, o futebol de salão e o futebol de campo se destacam pela quantidade de praticantes. Atualmente existem programas de incentivo para os jovens que desejam começar a praticar exercícios físicos, entretanto, cada atleta possui sua particularidade quanto ao relacionamento com o esporte. Pensando nisso, a Folha do Cerrado entrevistou cinco jovens que possuem familiaridade com as quadras e com o campo.

 

Um dos primeiros contatos de crianças e adolescentes com a prática desportiva acontece na escola. Andressa Camelo, 20, é atleta amadora de futsal há três anos. Ela conta que o esporte chegou em sua vida durante um torneio interclasse do colégio onde estudava, em Taguatinga, cerca de 20km de Brasília. "Eu não praticava nada, porém a minha turma formou uma equipe feminina de futsal pra jogar o interclasse e eu resolvi participar. Acabou que me apaixonei pelo esporte", conta a jovem. Segundo a estudante, a prática do futsal trouxe benefícios em vários aspectos.

 

"O trabalho coletivo do jogo em si já é um aprendizado, mas não tem como negar a influência positiva sobre a saúde", afirma. Andressa pratica aulas de futsal duas vezes por semana, no turno contrário da faculdade, e destaca sua expectativa com o esporte: "foi onde descobri que podia unir meu bem estar com diversão. Não quero ser profissional, quero ser saudável e feliz e isso eu encontro aqui".

 

Para Gabriel Marques, estudante de fisioterapia, o futebol é muito mais que um desporto. “O futebol é um esporte apaixonante, ele une as pessoas, te dá um foco e é um exercício físico quase completo e ajuda as pessoas a evoluírem fisicamente”. Após determinado período sem praticar, o atleta está voltando a jogar futebol e sonha jogar campeonatos começando pelos torneios distritais e se possível chegar ao nível nacional. “Meu sonho dentro do futebol é disputar alguns campeonatos e ter êxito em cima disso”.

SONHO JUVENIL

 

Yan Kevin, 16, sempre sonhou em ser jogador de futebol. Aos 5 anos quando seus pais perguntavam o que queria ser quando chegasse na fase adulta a resposta sempre se repetia: “Jogador de futebol”. Desde então eles reforçaram o sonho do filho, colocando em uma escola preparatória; aos 13 anos o adolescente perdeu o grande incentivador, o pai, e apesar da dificuldade encontrada, o estudante e mãe persistiram no caminho do campo. Com 15 anos Kevin passou pela "peneira", convocado para o time de base do Internacional para o alojamento do time onde permanece até hoje.

Com o valor recebido pelo clube ajuda a mãe e o irmão, ele afirma: "Tenho que agradecer a Deus por todas as oportunidades, mesmo longe da minha família sei que estou no lugar que muitos jovens queriam estar, pois, não são todos que conseguem chegar até aqui. Só tenho 16 anos e muitas coisas estão por vir, mas, um dos meus maiores sonhos é jogar no Flamengo e vejo que estou no caminho certo, tenho capacidade para isso".

DESAFIO E FALTA DE INCENTIVO

Segundo pesquisa realizada pelo Centro Internacional de Estudos Esportivos (CIES), o país ocupa a primeira colocação no ranking de exportação de jogadores de futebol. "Brasília não tem tradição no futebol profissional, e tentar trilhar esse caminho para chegar aos grandes clubes do Brasil é muito difícil" relatou Thiago Cotrim, 22.

 

O jovem natural de Brasília, é um dos milhares de homens que tiveram o sonho de criança de se tornar um jogador profissional de futebol. Quando pequeno, Thiago começou nas escolinhas de futebol a desenvolver seus fundamentos básicos do esporte. Mais tarde, chegaria a atuar pelo time profissional do Atlético Ceilandense, durante dois anos.

 

Por seis meses, ele fez testes nas categorias de base do Internacional (RS), o que não se concretizou pela pressão familiar e limitações físicas. Após alguns anos focados nos estudos, surgiu a oportunidade de treinar em uma empresa que faz intercâmbio de atletas de Brasília e São Paulo para os Estados Unidos, por meio de bolsas de estudo em universidades particulares. A falta de oportunidades no Brasil faz com que Thiago tenha o sonho de sair do país para conseguir realizá-lo.

DETERMINAÇÃO E PERSISTÊNCIA

O jogador do Planaltina Esporte Clube, Igor Araújo, 20, conta que não teve incentivo para se profissionalizar. “Muitas pessoas falavam que o futebol era apenas diversão”. O destaque nas quadras do colégio contribuiu para que o atleta alcançasse times profissionais. Em Fevereiro deste ano, o lateral esquerdo disputou a Copa São Paulo de Futebol Júnior representando o Cruzeiro Futebol Clube; apesar do time não ter passado de fase, o atleta considera uma conquista a participação e a visibilidade que conquistou. “Meu sonho é jogar pela seleção brasileira”. Perguntado sobre qual seria seu conselho para as gerações futuras, o jogador afirma “acima de tudo nunca perca o foco, se você quer aquilo, lute até o fim”.

Site produzido e aprovado pela Universidade Paulista - UNIP.

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