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Comportamento

Histórias de superação...

Terceira idade busca inclusão na era digital

Cursos e consultas a familiares auxiliam idosos na adaptação às tecnologias que surgiram ao longo de suas trajetórias de vida

Por Victória Rocha, Hannah Sombra, Ana Paula Canuto, Daniela Ramalho e Juliana Meireles

O mundo passa por diversas transformações todos os dias, fato que ocasiona a adaptação contínua do ser humano à novas realidades. Neste cenário, a sociedade celebra desde sua criação diversas descobertas e invenções, que tem como objetivo melhorar o seu dia a dia. Mas o que acontece com a geração que viu tudo o que vivemos hoje ser criado?  

A Casa da Melhor Idade, por exemplo, é um espaço que promove atividades de formação cidadã como a inclusão da terceira idade a novas tecnologias e como a internet. O objetivo é possibilitar espaços de convivência, interação e socialização dos idosos. O projeto do Governo Municipal, é desenvolvido por intermédio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social de Valparaíso de Goiás e conta com cerca de 400 idosos assíduos.

CURSO? PARA QUÊ?

Em conversa com Divina Plácido, 52 anos, atual gestora do projeto, foi possível notar que os idosos apreciam as aulas de informática e buscam acompanhar as mudanças tecnológicas. “Nós estamos vivendo a nova era, tudo que a gente tem e precisa é na informática, na internet. Os idosos se interessam e procuram por isso”, explica Divina.

Durante o curso, os alunos abordam diversos conteúdos: introdução e processamento de dados (IPD), noções básicas de computador (teclado, mouse e monitor), editor de textos, planilha de cálculos e internet.

Marcelo Borges, 49 anos, é professor de informática desde a inauguração do projeto e contou sobre o processo de transição e as diferenças mais notáveis em relação às aulas para jovens/adultos e idosos. Para ele, a diferença está no tratamento com os alunos: “Temos que tratar com carinho e cuidado, porque eles, na realidade, são como crianças. Então é justamente o linguajar, a paciência, o trato e o carinho que temos com eles”.

DIFICULDADES E RECEIOS

Segundo Borges, uma das principais dificuldades enfrentadas durante as aulas é a troca da caneta e do papel pelo computador. “Eles ainda têm um pouco de receio em relação a isso, principalmente quando a gente está lidando com a internet, ainda não confiam muito”, conta o professor.

Esse não é o caso do Benito Tardelli, 83, que conseguiu lidar muito bem com a transição: “Eu tinha uma prática com datilografia, então foi só aprender os outros detalhes, outros pontos. Eu fui aprendendo aos poucos e o pessoal foi ensinando. Mas tem coisa que eu não sei ainda”. Ele está escrevendo sua biografia pelo computador.

Apesar da comodidade proporcionada pelas tecnologias, a transição do analógico para o digital é um processo atribulado para alguns. “Eu gostava dos meus discos, tinha muitos. Eu gostava da nossa época. Foi uma diferença muito grande e muito rápida que aconteceu, então a gente não acompanha”, relata Maria Apparecida, de 82 anos.

PRESENÇA NO MUNDO VIRTUAL

Um estudo realizado pela empresa Tele help, em setembro de 2014, aponta que 66% dos idosos usam internet regularmente e 45% fazem compras virtuais constantemente. A pesquisa entrevistou 568 pessoas com idade acima de 60 anos em todo o Brasil.

Acompanhar a evolução das tecnologias pode não ser uma tarefa fácil para quem conheceu a máquina de escrever e ouviu suas músicas preferidas na vitrola, mas é uma tarefa essencial na vida de quem quer participar de uma era totalmente conectada.

Veja as fotografias... 

Site produzido e aprovado pela Universidade Paulista - UNIP.

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