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Esportes

Artes Marciais

Lutar para não brigar

O fator socializador das artes marciais resiste há três décadas de violência no Distrito Federal

Por Yanka Tavares, Mariana Mendes, Gustavo Gomes, Rivan Braz, Guilherme Abarno e Pedro Vinícius

O ano de 1988 foi marcado pelo último show da banda Legião Urbana em Brasília. Cinco das maiores gangues do DF marcaram presença junto a mais de 50 mil fãs no estádio Mané Garrincha. Primeiro Komando do Sul (PKS), Galera do Paranoá Sul (GPS), Galera da 109 Sul (G9), Ratos Noturnos das Seis (RNS) e a Gangue Matriz provocaram uma confusão generalizada que se espalhou até o Eixo Monumental e deixou 400 pessoas feridas.

Devido ao índice de violência e o uso de técnicas de luta, as artes marciais foram severamente marginalizadas pela sociedade da capital. Segundo o estudante de jornalismo, Paulo Farias, 45: “havia muita banalização. A polícia precisava invadir academias procurando integrantes de gangues”.

A diferença entre luta e briga vai além da finalidade e do aspecto social. Muay thai, karatê, judô e jiu jitsu são exemplos de artes marciais, práticas físicas que englobam um conjunto de técnicas que servem para a realização de atividade desportiva e autodefesa. O caráter esportivo é ausente na briga, que por sua vez, é um comportamento voltado para o dano do próximo motivado pela agressividade e violência.

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Vinicius Moreira, lutador de MMA. Foto: Arquivo pessoal.

O lutador de MMA Vinicius Moreira, 29, mais conhecido como Mamute, cresceu em Planaltina, região administrativa do Distrito Federal. Recentemente, participante do Contender Séries Brasil, reality de lutas transmitido pela Rede Globo, o lutador candango venceu suas respectivas lutas e foi um dos ganhadores das quatro vagas que o concurso ofereceu para assinar contrato com o evento Ultimate Fighting Champioship (UFC).

“Apesar de tudo (da dificuldade), na parte da violência eu sempre fui tranquilo. Nunca me meti em briga e nem me meti em gangue. No passado nunca me envolvi nisso. Agora é quase impossível já que o UFC pune severamente esse tipo de comportamento. Pensei em desistir do ramo profissional, mas após um período de autoconhecimento resolvi permanecer lutando”, relata o lutador.

Atualmente, a resistência contra a prática dessas atividades é bem menor é uma atividade física dinâmica e explosiva bastante procurada por diversos públicos com fins de melhorar o condicionamento físico, aprender novas habilidades, procurar autoconhecimento e a obtenção de alívio psicológico.

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